O eterno debate sobre o diploma

Cursar a faculdade de jornalismo foi a forma que eu encontrei de ingressar na profissão dos meus sonhos. Durante a faculdade muitas coisas valeram a pena e outras nem tanto. Mesmo assim, eu brigava por aquilo que acreditava, principalmente por aulas de qualidade e um conteúdo atual. Hoje sinto que fiz a minha parte, e ao continuar estudando, lendo, pesquisando e sendo exigente ao desempenhar meu trabalho continuo fazendo. Eu sempre quis ser uma boa jornalista, e em nome disso alio o que aprendo na teoria com o que aprendo na prática do dia-a-dia. De jeito algum saí perdendo com isso até hoje.

Já me preocupei muito com esse impasse do diploma, até que percebi que não nos levará a nada. O que precisa ser realmente debatido é o papel do jornalista perante a sociedade, a forma de fazer jornalismo e, principalmente, novos caminhos para a profissão. Pra quê discutirmos tanto a necessidade do diploma ou não, quando estamos diante de um problema bem maior: estamos perdendo área, identidade e utilidade.

Os únicos que devem brigar pela profissão somos nós, jornalistas. Formados ou não, eu estou falando dos jornalistas de verdade, os humanistas, aqueles que pensam a sociedade, que tentam interpretá-la e ajudá-la de alguma maneira. Jornalistas apaixonados pelo que fazem e comprometidos. Se nós não repensarmos o jornalismo que fazemos e buscarmos criar novas formas de exercê-lo, ampliando as possibilidades de trabalho, nós vamos todos para o brejo – com diploma ou sem.

O problema é que ainda há muito preconceito, e jornalista não pode ser preconceituoso, tem que pegar o assunto, seja qual for, e debulhar! E por favor, não reduza o jornalismo ao simples ato de escrever bem. O jornalista faz bem mais do que isso e vê muito mais longe.

Comentários

  1. Prezada Aliz: Descobri seu blog no comentário que você fez no blog do Kotscho. Impresionante. Como gostaria que o jornalismo fosse da forma que você vê e da forma que você quer. Infelizmente quando um(a) jornalista recem formada passa e trabalhar em grandes empresas de comunicação, sua ideologia ou os seus conceitos não pode ser colocar em prática. O que manda, são os editoriais dos tais, que afinados com grupos poda-se as boas intenções como a sua. Adoro jornalismo na sua verdadeira concepção da palavra, aqui e acolá leio muita coisa boa, mais é raro. Parabéns.
    Não sou jornalista (como deve ter percebido) e não tenho nem o 2º gráu completo, mas gosto muito de escrever, gostaria de ouvir opinião de quem entende do assunto. Se possível, leia o que escrevo. Saudações
    acesse: http://www.somosdaselva.blogspot.com

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  2. Idealismo é tudo!
    Atitude é muito mais ainda por ser efetiva!
    Se não se pode sonhar não se pode efetivar e daí a frustração dá lugar aos acompanhantes de editoriais em detrimento dos sentimentos que são o reflexo da alma humana.
    Um beijão minha linda.

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